14/01/2015

Saiba a história do relógio e suas transformações nas sociedades até os dias de hoje

 

Medieval astronomical clock gearing - interior

A marcação do tempo e seus instrumentos datam de muitos milênios atrás. Os relógios não só ajudaram o homem a se desenvolver, como também sofreram transformações de acordo com aquelas ocorridas nas sociedades ao redor do mundo. Que tal percorrer uma síntese da história dos relógios e ver o que o futuro aguarda para esses equipamentos?

Utilizando os recursos naturais

Os primeiros marcadores de sol de que se tem notícia são: o bastão-relógio de sol, o qual era um rústico cajado de madeira encravado no solo, pelo qual se acompanhava o movimento da sombra projetada pelo sol, e a clepsidra, que se tratava de um primitivo relógio hidráulico. Tais instrumentos normalmente ficavam à vista de todo o povo, em praças ou locais especiais de reunião, e eram conhecidos no Egito, Ásia Menor e China, há mais de 5 mil anos. Já nos últimos séculos antes de Cristo, os relógios de sol foram criteriosamente aprimorados, usando pedras, madeira e estruturas de mármores com diversos quadrantes solares, especialmente na Grécia antiga. Somente no século III d. C. é que surgem as primeiras referências a marcadores que usavam areia para contar a passagem de tempo (ampulhetas).

Do público ao privado

Somente no século XIV é que aparecem os primeiros relógios domésticos, na Península Itálica, a partir de várias inovações para a época, desde novos mecanismos até a introdução, logo em seguida, de novos elementos motores, como a mola. Finalmente, um relojoeiro de Nuremberg, chamado Peter Henlein, inventou o primeiro relógio portátil, já na passagem para o século XV. Basicamente, o relógio da época era um dispositivo mecânico, alimentado por uma fita de aço enrolada (mola em espiral), a qual movia engrenagens até a roda de balanço. Os giros desta peça formavam um oscilador harmônico, que balançava a uma determinada taxa, marcando o tempo. Os cinco séculos seguintes foram dedicados a refinar os mecanismos e peças do relógio mecânico. No século XVII, os homens passaram a usar relógios nos bolsos, em novos formatos arredondados e achatados, e as mulheres os aproveitavam mais como pingentes e joias.

A chegada dos relógios de pulso

Duas inovações importantes surgiram no século XIX e XX. Os relógios de pulso foram utilizados​​ pela primeira vez por militares no final do século XIX, devido à importância de se sincronizar as manobras durante as batalhas sem que os planos se revelassem, através de sinalização para os inimigos no campo de enfrentamento. Era algo impraticável usar relógios de bolso montados em cavalos, então os soldados começaram a amarrar os relógios em seus pulsos. Várias empresas notaram o filão de mercado e começaram a fabricar relógios assim na década de 1880, inicialmente alojados em uma cinta de couro. Na década de 1950, alguns relógios atômicos foram projetados e construídos, mas foi o relógio de quartzo, já na década de 1960, que revolucionaria a tecnologia de marcar o tempo, substituindo-se a roda de balanço por um cristal de quartzo, o qual tremula, estimulado por uma bateria que alimenta o circuito oscilador.

A popularização em massa dos relógios de pulso

Na década de 1970, algumas fábricas norte-americanas fabricam o primeiro relógio eletrônico de pulso a quartzo, trazendo mostrador digital de algarismos formados por LED (Light Emitting Diode). Na sequência, também se desenvolveu um visor com números em LCD (Liquid Crystal Display). O mercado de relógios de pulso difundiu-se cada vez mais para a maioria das pessoas, que tinham admirável variedade de modelos, marcas, formatos e cores para escolher. Alguns modelos passaram a agregar certos instrumentos, como bússola, cronômetro e calendário.

As inovações do futuro

A virada de milênio passou a trazer novidades até então impensadas para o relógio, visto na época como um simples marcador de tempo. Além da perseverança das grifes para inovar em aspectos como design e bom uso de materiais, alguns tipos especiais de relógios vêm sendo arquitetados para incorporar funcionalidades diversas, como conectar a internet, comunicação por voz, registro de notificações (e-mails e SMS, por exemplo), câmeras, posicionamento por GPS, entre outros. Ou seja, a ideia é que, em paralelo ao comércio dos modelos esportivos e clássicos mais conhecidos, os usuários acessem relógios inteligentes em breve, incluindo várias funcionalidades, a depender do modelo e da marca.

Com mais estas transformações, as possibilidades de aquisição de um relógio do jeito que você espera serão ainda maiores. O que você busca em um relógio? Conte para nós!

 

Colaborador de Conteúdo especializado em publicações referente à relógios, moda e curiosidades.